Blogueira é presa pela Polícia Civil do Piauí por suspeita de envolvimento com facção criminosa
05/05/2025
(Foto: Reprodução) A blogueira é uma das 15 mulheres investigadas pelo Draco na Operação Faixa Rosa. Ela foi presa em Timon, no Maranhão. A blogueira Eryka Carollyne Costa Araújo, conhecida como Arlequina PRT 01, foi presa nesta segunda-feira (5), na cidade de Timon, no Maranhão. A prisão faz parte da Operação Faixa Rosa, que investiga mulheres suspeitas de integrar organizações criminosas. Outras 11 mulheres foram presas na última quarta-feira (30).
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De acordo com o delegado Charles Pessoa, coordenador do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Eryka Carollyne é natural de Porto, município 170 km ao Norte de Teresina, e se mudou para a capital após ser cooptada por uma facção criminosa.
Ao saber que era alvo da Operação Faixa Rosa, a blogueira teria fugido para Timon, onde estava sendo monitorada pelos policiais.
“Temos muitos elementos que vinculam ela à essa facção. Ela já foi presa anteriormente por tráfico de drogas. Em depoimento, ela confessou o envolvimento. Ela faz parte daquele grupo de mulheres investigadas na Operação Faixa Rosa e deveria ter sido presa [na quarta-feira], mas não conseguimos localizá-la”, disse.
“Ela não era como algumas que nós já prendemos. Ela estava atuando mais no tráfico de entorpecentes, também em alguns atos do Tribunal do Crime, de julgamentos relacionados a outras mulheres”, contou.
Doze mulheres presas
Quinze mulheres apontadas como integrantes de organizações criminosas são alvo da Operação Faixa Rosa. Na manhã desta quarta-feira (30), mandados judiciais foram cumpridos nas Zonas Sul e Sudeste de Teresina e nos municípios de Demerval Lobão e Nazária, no Norte do Piauí, além de Timon, no Maranhão. Na ocasião, 11 mulheres foram presas.
Segundo o Draco, as mulheres investigadas são responsáveis por tarefas diversas nos grupos criminosos, como: organização logística de atividades, sobretudo no tráfico de drogas e no suporte a ações violentas, recrutamento, aplicação de disciplina interna, arrecadação de recursos ilícitos e disseminação de ordens hierárquicas.
Ainda conforme o Draco, a atuação das investigadas pode ser comprovada a partir de perícias em aparelhos celulares que indicam o uso de linguagem codificada e de símbolos da organizações criminosas em redes sociais. Um estatuto interno com normas e sanções disciplinares também teria sido identificado.
A análise pericial do dispositivo revelou elementos contundentes que evidenciam uma estrutura hierarquizada dentro da organização, incluindo um grupo de WhatsApp intitulado A luta não para, no qual foram identificadas mensagens, cadastros, estatutos e ordens internas relacionadas à atuação das investigadas, informou o Draco.
A Polícia Civil do Piauí analisa que a participação ativa de mulheres em facções criminosas é um fenômeno crescente e revela uma faceta contemporânea da criminalidade organizada.
Mulheres suspeitas de integrar facção criminosa são alvo de operação em cidades do Piauí e Maranhão
Divulgação
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